Um Preâmbulo: O que dois amigos virtuais, mais que reais, fariam em dia de chuva fria, noite escura e inspiração? Um revezamento de versos. Usando a criativa solidão e virtual admiração mútua. Eis o que surgiu:
Poderíamos nos deliciar com os sabores de nossas bocas e línguas,
Até os galos soarem o som da aurora...
O que nos faz assim? Os pingos da chuva? A morbidez da escuridão?
São, também, os resquícios da brisa que refrescam minha mente,
E traz, num segundo, a sua imagem reluzente.
Sua imagem assim, tão esfacelada, de um Moreno-brisa cor de calor;
E você assim, aparece difuso em minha memória.
A sorte é a foto nítida e intocável de tua face.
É a memória ofuscada pelo ressoar do tempo
Que me faz ver-te aos relances, como pássaro que voa alto..
Tão alto que nem o céu pode sentir suas leves asas cor de neve;
Livre, o pássaro se rende ao abismo, ao fim pra sentir o frescor dos ventos.
E o vento toca sua face, leva seu perfume, sua ternura
Aos corações dos apaixonados...
E volto a mim, feito a ave que voa alto e mergulha para pousar;
Para lhe ver: encanto, razão, magia? O que seria?
Seria o prazer envolvente da sua paixão,
Tornando os prazeres magias inesquecíveis ao arranhar dos sonhos.
E o sonho confunde, distorce; perfuma o encanto, seduz o olhar e hipnotiza.
Como escapar do labiríntico afeto seu?
Correndo dentre o labirinto e desvendando os mistérios do meu coração
Estou preso ao teu amor, guardado por essas magias e encantos
Dentro deste labirinto de escuridões...
Rendo-me ao labirinto:
Pouso em tua mente e em tua emoção, pra sempre interrogação:
Não quero respostas; Quero estar encantando, no labirinto, preso ao seu coração.
E, por fim, conseguiu o que queres meu amor,
Este labirinto esteve sempre dividido entre a dúvida e a certeza;
Eis que você mostrou-me que o passaporte do labirinto é de mérito seu
Ilumine-o, traga de volta a alegria e a vida que falta no meu coração...
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