Só ando com um problema, desvendar a saudade.
Essa danada tem tantos nós.
“Era tanta saudade, é pra matar
Eu fiquei até doente
Eu fiquei até doente, menina
Se eu não mato a saudade é, deixa estar
Saudade mata a gente” (Djavan)
“(...) a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais” (Chico Buarque)
“A saudade é uma colcha de retalhos
Que nos cobriu um dia numa noite fria
Nosso amor em brasa” (Zeca Baleiro)
“Sobrou desse nosso desencontro
Um conto de amor
Sem ponto final
Retrato sem corJ
ogado aos meus pés
E saudades fúteisS
audades frágeis
Meros papéis” (Chico Buarque)
Verborragias serão aqui expostas, lançadas pelo fio da espada verbal, a minha espada verbal. Contos, poemas, reflexões, vídeos e imagens ao Bel prazer daqueles que se interessam por arte. Apresentando-me, sou Lucas Gilnei, homem com sentimundo no peito. Canceriano por decisão astral e leitor, agora ando escrevendo, só pra revirar verdades ou olhar o fundo dos baús.
sábado, 1 de maio de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Gato Preto

Na toca do gato preto as roupas mofam,
Os morangos vermelhos apodrecem
Feito queijos que se tornam roxos.
O ritmo da pegada contínua e previsível
Revela a armadilha fatal, porque precisa.
E o gato hoje é rato por tão ínfimo
E fraco que se transformou com as chuvas.
A neblina que envolve sua toca,
Torna ainda mais sombria sua vida
Medíocre porque rotineira
Pobre porque sem surpresas.
Não consegue mais pegar ratos,
Lento demais para pássaros
E medroso demais para peixes.
Como se alimenta o velho gato preto
Da toca sombria de porta estreita?
Vive do vento que refresca,
Da eterna esperança da tristeza ir embora.
Vive da esperança de chegar comida,
E de ouvir piar os pássaros na porta
E das unhas surgirem e rápidas pegá-lo.
E o que sonha o gato preto das esperanças?
Sonha com um segundo a mais
De vida, de luz e de um dia sem neblina.
Sonha com a barriga cheia,
De patas pra cima em um dia de sol.
Sonha com o piar dos pássaros,
O peixe pulando no balde
E o rato preso pelo rabo na armadilha.
Quem é o gato? Quem é o rato?
Herói de perna quebrada?
Vilão com sangue de carinho?
Quem tem os dentes afiados,
Mas agora quebrados?
Quem tem as patas ligeiras,
Agora ainda mais faceiras?
Os morangos vermelhos apodrecem
Feito queijos que se tornam roxos.
O ritmo da pegada contínua e previsível
Revela a armadilha fatal, porque precisa.
E o gato hoje é rato por tão ínfimo
E fraco que se transformou com as chuvas.
A neblina que envolve sua toca,
Torna ainda mais sombria sua vida
Medíocre porque rotineira
Pobre porque sem surpresas.
Não consegue mais pegar ratos,
Lento demais para pássaros
E medroso demais para peixes.
Como se alimenta o velho gato preto
Da toca sombria de porta estreita?
Vive do vento que refresca,
Da eterna esperança da tristeza ir embora.
Vive da esperança de chegar comida,
E de ouvir piar os pássaros na porta
E das unhas surgirem e rápidas pegá-lo.
E o que sonha o gato preto das esperanças?
Sonha com um segundo a mais
De vida, de luz e de um dia sem neblina.
Sonha com a barriga cheia,
De patas pra cima em um dia de sol.
Sonha com o piar dos pássaros,
O peixe pulando no balde
E o rato preso pelo rabo na armadilha.
Quem é o gato? Quem é o rato?
Herói de perna quebrada?
Vilão com sangue de carinho?
Quem tem os dentes afiados,
Mas agora quebrados?
Quem tem as patas ligeiras,
Agora ainda mais faceiras?
12 de Junho

12 de Junho
Hoje é um dia sem seu carinho
E a alma alada canta a melodia do silêncio,
Em monólogo no palco frio de madeira
Escutando ecos do teatro só.
Hoje é um dia sem seu carinho
Agora, sentado na nuvem e com olhar distante,
Invejo os pássaros aos pares a revoarem
Em um céu límpido, cheio de nimbos e cirros.
Hoje é um dia sem seu carinho
E as aves empinam, descem em felicidade.
E se minha força não fosse grande,
Já haveria acostumado comigo.
Mas, tenho medo de me bastar.
Hoje é um dia sem seu carinho
E a alma alada canta a melodia do silêncio,
Em monólogo no palco frio de madeira
Escutando ecos do teatro só.
Hoje é um dia sem seu carinho
Agora, sentado na nuvem e com olhar distante,
Invejo os pássaros aos pares a revoarem
Em um céu límpido, cheio de nimbos e cirros.
Hoje é um dia sem seu carinho
E as aves empinam, descem em felicidade.
E se minha força não fosse grande,
Já haveria acostumado comigo.
Mas, tenho medo de me bastar.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Verborragais
Nasce num grito de arte o Verborragias.
Em seu território virtual palavras em sangria,
A expressão de um sentimento
E o teclado em contínuo movimento.
Em cada link a fotografia verbalizada
Com versos cantando amores encantados.
Nos acessos, em megas de potência,
Canções, amores, ódios, mistérios e ausências.
Nasce num grito de arte o Verborragias
Intencionando criar a imagem verbal do sentir.
Do perturbador, da ótica transcedental do poeta.
No desktop o atalho para a arte
Figurada em derramamentos subjetivos
Com misticismos assolando as mentes céticas
Reverberando o poder do acasos.
Em Verborragias lhe dou na boca minha bebida,
Em Verborragias lhe dou na boca minha comida.
A pura e Nua. Crua: Arte Verbal.
Em seu território virtual palavras em sangria,
A expressão de um sentimento
E o teclado em contínuo movimento.
Em cada link a fotografia verbalizada
Com versos cantando amores encantados.
Nos acessos, em megas de potência,
Canções, amores, ódios, mistérios e ausências.
Nasce num grito de arte o Verborragias
Intencionando criar a imagem verbal do sentir.
Do perturbador, da ótica transcedental do poeta.
No desktop o atalho para a arte
Figurada em derramamentos subjetivos
Com misticismos assolando as mentes céticas
Reverberando o poder do acasos.
Em Verborragias lhe dou na boca minha bebida,
Em Verborragias lhe dou na boca minha comida.
A pura e Nua. Crua: Arte Verbal.
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