Na toca do gato preto as roupas mofam,
Os morangos vermelhos apodrecem
Feito queijos que se tornam roxos.
O ritmo da pegada contínua e previsível
Revela a armadilha fatal, porque precisa.
E o gato hoje é rato por tão ínfimo
E fraco que se transformou com as chuvas.
A neblina que envolve sua toca,
Torna ainda mais sombria sua vida
Medíocre porque rotineira
Pobre porque sem surpresas.
Não consegue mais pegar ratos,
Lento demais para pássaros
E medroso demais para peixes.
Como se alimenta o velho gato preto
Da toca sombria de porta estreita?
Vive do vento que refresca,
Da eterna esperança da tristeza ir embora.
Vive da esperança de chegar comida,
E de ouvir piar os pássaros na porta
E das unhas surgirem e rápidas pegá-lo.
E o que sonha o gato preto das esperanças?
Sonha com um segundo a mais
De vida, de luz e de um dia sem neblina.
Sonha com a barriga cheia,
De patas pra cima em um dia de sol.
Sonha com o piar dos pássaros,
O peixe pulando no balde
E o rato preso pelo rabo na armadilha.
Quem é o gato? Quem é o rato?
Herói de perna quebrada?
Vilão com sangue de carinho?
Quem tem os dentes afiados,
Mas agora quebrados?
Quem tem as patas ligeiras,
Agora ainda mais faceiras?
Os morangos vermelhos apodrecem
Feito queijos que se tornam roxos.
O ritmo da pegada contínua e previsível
Revela a armadilha fatal, porque precisa.
E o gato hoje é rato por tão ínfimo
E fraco que se transformou com as chuvas.
A neblina que envolve sua toca,
Torna ainda mais sombria sua vida
Medíocre porque rotineira
Pobre porque sem surpresas.
Não consegue mais pegar ratos,
Lento demais para pássaros
E medroso demais para peixes.
Como se alimenta o velho gato preto
Da toca sombria de porta estreita?
Vive do vento que refresca,
Da eterna esperança da tristeza ir embora.
Vive da esperança de chegar comida,
E de ouvir piar os pássaros na porta
E das unhas surgirem e rápidas pegá-lo.
E o que sonha o gato preto das esperanças?
Sonha com um segundo a mais
De vida, de luz e de um dia sem neblina.
Sonha com a barriga cheia,
De patas pra cima em um dia de sol.
Sonha com o piar dos pássaros,
O peixe pulando no balde
E o rato preso pelo rabo na armadilha.
Quem é o gato? Quem é o rato?
Herói de perna quebrada?
Vilão com sangue de carinho?
Quem tem os dentes afiados,
Mas agora quebrados?
Quem tem as patas ligeiras,
Agora ainda mais faceiras?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei seu post... kkk Desculpa,mas indo ao sentido literal... tenho um gato e o imaginei. hehe Brincadeiras à parte.. O que me diz do felino que jaz em todos nós? Faceiros quando queremos, na brincadeira com a caça,muitas vezes mata pelo prazer de matar! Mas um dia chega o cansaço e o felino se aposenta e vai viver uma vida sem os requintes da "malandragem"
ResponderExcluirObrigado, Lana, pelo comentário. As vezes a sensação é de que o blog vaga apenas por mim mesmo. Bom saber que as pessoas leem os poemas e relacionam com as suas próprias experiências. Abraços,
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