Uma pedra encontra-se a minha frente.
Empurro-a com força infinita e hercúlica,
Lanço palavras mágicas, quase crente,
Mas não a removo em um centímetro.
Das frestas da saída, vejo feixes de luz,
Nos quais me banho, pois quero a saída.
Feito o bater de um martelo, decifro-me,
Quero uma chave mestre, uma só magia.
E no árduo processo, de tudo aparece:
Vazios com sugestões e zéfiros na alma,
Olhares que condenam e acalantam.
Os espelhos refletem-me em espiral,
Feito a pedra obstante a minha visão.
Feito esse meu labirinto de mil lados.
O beijo do avesso completa essa saga,
Encurralado no labirinto de pedra,
Um beijo aquece meu rosto preocupado,
Sem saber seu dono deixo aquecer-me.
Arrisco-me e aposto fichas no desconhecido.
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