Em Carolina, de lábios tão finos que sua boca mais parecia
um fio mal traçado na face, corria sempre um veneno, água amarelada por entre
seus lábios, invisível aos olhos dos despercebidos. Seus olhos eram puxados e
finos. Parecia uma oriental ou indígena não fosse por seus cabelos castanhos e
ondulados ou parecia uma cobra de língua rápida e esperta. Mas eis que Carolina
um dia se apaixonou por tão doce pessoa. E o mel, que escorria da boca de
Gilberto, encontrou a água amarelada de Carolina. E tão grande foi a paixão e o
beijo e o desejo de estarem juntos que
misturou-se água envenenada e mel de coração puro. Como mágica de amor
vinda de varinha de condão, os lábios de Carolina ganharam vida. E a água antes
amarelada era agora mel de paixão puro, entranhando por entre veias e carne. Chegando
aos poucos no coração para se tornar mel puro de paixão.
Verborragias serão aqui expostas, lançadas pelo fio da espada verbal, a minha espada verbal. Contos, poemas, reflexões, vídeos e imagens ao Bel prazer daqueles que se interessam por arte. Apresentando-me, sou Lucas Gilnei, homem com sentimundo no peito. Canceriano por decisão astral e leitor, agora ando escrevendo, só pra revirar verdades ou olhar o fundo dos baús.
domingo, 2 de setembro de 2012
sábado, 14 de julho de 2012
Fazenda. :)
Abis cochichou, botou fogo daí aqui estou. É bom escrever: gosto, me faz bem, acho bonito e nem tô muito aí se não agradar. O negócio é dizer, pulular as letras e se divertir (parte bem mais que importante). Hoje foi dia de fazenda e a parte mais poética, interessante e imaginativa foi meu passeio pelo quintal. Há tempos eu não inventava, imaginava e sonhava como nessa pequena voltinha. Sou meio viciado em internet. Não fico muito tempo sem acessar o face e outros meios. Imaginei como se eu estive com um notebook ali e fosse postando coisas do quintal. Coisa meio idílica virtual nostálgica, porque relembro minha infância, quando eu passava semanas na fazenda. Seria assim:
***
Laranjas ao alto e me pareço aqui aquela Raposa salivante pelas uvas. Não bato na Laranjeira com varas longas e assassinas. Não pegarei escadas porque a preguiça reina e intenção é o mero passeio. Passo pra frente e deixo as laranjas, tão amarelinhas que quase volto e dou pulinhos pra ver se alcanço alguma. he
***
Ali havia pes de Abacaxi. Me lembro de um dia de Domingo que cheguei cansado de bicicleta e me refresquei com um abacaxi meio anão, meio doce naquela meia manhã. E como foi bom a aventura, o vento e a solidão.
***
As bananeiras me inspiram mistério. Só chegando perto pra ter a sensação. São tantas que fazem um labirinto. Suas folhas secas criam cortinas marrons, despedaçadas dão aquele ar de que ali alguém violento ou algo cortante passou. Algumas caídas ou derrubadas por facões causam, novamente, a sensação de que alguém esteve ali e a matou. Caída. Morta. Lembro-me, desde sempre, das Bananeiras em seu ciclo contínuo de morte e broto.
***
Do outro lado da cerca havia Jaboticabeiras. Hoje engolidas pelas Aroerinhas com galhos secos espichados que parecem pedir. Estendidos e sufocados me dizem algo. Mas dou mais alguns passos. Sempre preferi as outras. Atravessar a cerca, pisar no barro úmido em volta do seu pé nem sempre me agradou.
***
Arquitetada, dedilhada, um trabalho demorado, branco, alvo e fatal: a teia. Dei um passo e o barulho espantou uma Aranha grande. Entrou em seu tunel e foi para não sei onde. Eu quis mexer, fazê-la sair. E que se apresentasse a Dona Aranha, mas resolvi de tudo e fui olhar a festinha das abellhas nas flores da Mangueira: bem mais interessante. Era tantas e faziam um coro as donas pretinhas: Abelhas...ih esqueci o nome das Abelhas. Mas, eram muitas, cantavam juntas e bailavam na Mangueira.
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Laranjas ao alto e me pareço aqui aquela Raposa salivante pelas uvas. Não bato na Laranjeira com varas longas e assassinas. Não pegarei escadas porque a preguiça reina e intenção é o mero passeio. Passo pra frente e deixo as laranjas, tão amarelinhas que quase volto e dou pulinhos pra ver se alcanço alguma. he
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Ali havia pes de Abacaxi. Me lembro de um dia de Domingo que cheguei cansado de bicicleta e me refresquei com um abacaxi meio anão, meio doce naquela meia manhã. E como foi bom a aventura, o vento e a solidão.
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As bananeiras me inspiram mistério. Só chegando perto pra ter a sensação. São tantas que fazem um labirinto. Suas folhas secas criam cortinas marrons, despedaçadas dão aquele ar de que ali alguém violento ou algo cortante passou. Algumas caídas ou derrubadas por facões causam, novamente, a sensação de que alguém esteve ali e a matou. Caída. Morta. Lembro-me, desde sempre, das Bananeiras em seu ciclo contínuo de morte e broto.
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Do outro lado da cerca havia Jaboticabeiras. Hoje engolidas pelas Aroerinhas com galhos secos espichados que parecem pedir. Estendidos e sufocados me dizem algo. Mas dou mais alguns passos. Sempre preferi as outras. Atravessar a cerca, pisar no barro úmido em volta do seu pé nem sempre me agradou.
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Arquitetada, dedilhada, um trabalho demorado, branco, alvo e fatal: a teia. Dei um passo e o barulho espantou uma Aranha grande. Entrou em seu tunel e foi para não sei onde. Eu quis mexer, fazê-la sair. E que se apresentasse a Dona Aranha, mas resolvi de tudo e fui olhar a festinha das abellhas nas flores da Mangueira: bem mais interessante. Era tantas e faziam um coro as donas pretinhas: Abelhas...ih esqueci o nome das Abelhas. Mas, eram muitas, cantavam juntas e bailavam na Mangueira.
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sábado, 16 de junho de 2012
Bom dia, Mundo Cruel e cabeça cruel! Acordei assustado de madrugada. Sonhei que minha mãe me dava uma bronca daquelas e a única coisa que eu conseguia fazer era: ficar mudo, ou seja, não fazer nada. Engraçado como essas coisas nos angustiam, principalmente a ponto de nos fazer acordar com dor de cabeça e, simplesmente, não dormir mais. Sou desses e dorflex ajuda nessas horas. O sono vai e, principalmente de madrugada, não volta mais. Fiquei pensando no sonho, em Freud, mas seria muita explicação e filosofia e psicanálise para a pessoa aqui, que logo mais tarde vai estar dando uma aulitcha sobre medidas. E vc, é altinho ou baixinho ou fofinho? he Mas o que atormenta é o erro. Errar e ser reprimido. Não ter justificativa. Não sou desses que discute se eu estiver errado. Peço desculpas, prometo nunca mais pecar e amém. rs. E mãe tem aquela mágica sabedoria de saber do seu silêncio e de como você é relapso com os horários, suas refeições e estudos. É possível ouvir a broncar e dizer, novamente, "ok ok", naquele tom mórbido de quem está ouvindo, mas pouco vai absorver. Mãe é tudo igual, né? Muda de endereço, mas a preocupação e aquela bronquinha básica sempre existe. Agradeço pela mamis que tenho, pelas broncas suaves ao telefone e por ela me visitar e fazer aquelas comidas deliciosas. he Mãe, pra quem minha cor nunca mudou de um tom amarelo anêmico de uma pessoa muito mal alimentada, prometo nunca mais pecar. Amém. rs.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Antes de completar um ano desde a última postagem: aqui estou. \o/ Não morri, não adoeci. Houve só abandono mesmo. O último ano foi intenso, devido a dissertação de mestrado, a defesa e outras tantas coisas. Aqui estou, vivo e mestre. Chique dizer isso, né? Mas, nem só de títulos vive o homem, mas de todos os depósitos e débitos de sua conta corrente. Grandes mudanças ocorreram, boas experiências passei, mas a barriguinha continua a mesma e tenho certeza que certos livros ainda estão intactos e não abertos em meu livreiro, quejá se verga com o peso das antigas apostilas da graduação.
Ainda no post office, agora professor de inglês aos sábados, pelo menos por enquanto, pois não sei o que o futuro me reserva e, muito menos, a grade de horários da escola. Hoje estou aqui para matar a saudade da escrita. Compartilhar com Abis, meu querido, minha voz, meu sorriso que ecoa por essa imensidão virtual e, às vezes, tão silenciosa e cruel. Cruel, porque superficial e crítica. A sexta, de tão diferente, deveria iniciar com uma consulta médica, mas devido a morte da mãe do médico tudo foi desmarcado. Aproveito pra deixar meus sentimentos. Imagino o quanto deve ser inconsolável a perda de um ente tão querido. Vi os primeiros raios solares, os primeiros funcionários abrindo lojas e, nem por isso, cheguei primeiro no trabalho. heh Chega por hoje. Abraços!!
Ainda no post office, agora professor de inglês aos sábados, pelo menos por enquanto, pois não sei o que o futuro me reserva e, muito menos, a grade de horários da escola. Hoje estou aqui para matar a saudade da escrita. Compartilhar com Abis, meu querido, minha voz, meu sorriso que ecoa por essa imensidão virtual e, às vezes, tão silenciosa e cruel. Cruel, porque superficial e crítica. A sexta, de tão diferente, deveria iniciar com uma consulta médica, mas devido a morte da mãe do médico tudo foi desmarcado. Aproveito pra deixar meus sentimentos. Imagino o quanto deve ser inconsolável a perda de um ente tão querido. Vi os primeiros raios solares, os primeiros funcionários abrindo lojas e, nem por isso, cheguei primeiro no trabalho. heh Chega por hoje. Abraços!!
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