quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Dia comum

Antes posts frequentes do que grandes posts mensais? Não sei ainda a medida e acho que nunca saberei, porque difícil mesmo é entender o tempo. O cuidado com as palavras se faz companheiro, mas a sensação, as vezes, é de jogar palavras ao vento. Mesmo assim, arrisco. Na realidade sempre fui de guardar as palavras: nas gavetas, arquivos, cds e, por último, no pen drive. Mas eis que surge o blog: e fica o risco do leitor - esse sr jovem sem nome que lê e pensa não sei bem o que - se deliciar ou se enervar com o que aqui é postado.

A dica é a revista "Vida Simples" que recebi gratuitamente após tentar assinar a revista "Bravo". Ficou só na tentativa, porque o boleto não chegou no e-mail, mas a revista promocional chegou. E a matéria? Simplesmente ótima. É um risco dizer isso sem ter lido tudo, mas vou arriscar. Abis, grita e pede que eu pare agora, mas o erro é típico. Todos apostam, porque não apostar no que pode ser uma matéria? O título chama muito a atenção - Você deve reconhecer que você também pode ser o culpado por várias coisas em sua vida. Chega de culpar os outros pelo seu fracasso, suas derrapadas. Você está gordo? Indisciplinado? Com tudo atrasado? Falido? Desculpe, mas a culpa é sua. Simplesmente sua. A ação deve partir de você mesmo e reconhecer suas culpas, seus fracassos, não é ser fraco, mas pelo contrário, pode simbolizar força e amadurecimento.

Fica a Dica de leitura da matéria de capa da Revista!

Abraço

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Chuvas

Eu: Abis?

Abis: Sim?

Eu: Está aí?

Abis: Sim... pode falar!

Eu: tem visto as notícias, Abis? Eram, no início, pouco mais de quarenta mortos. A cada noticiário as vítimas das enchentes só aumentavam. Não me conformo das moradias irregulares, em encostas e a chuva caindo. As pessoas sentirem como se fios de morte caissem sobre seus ombros.

Abis: Foi uma tragédia... com aviso prévio.

Eu: Famílias inteiras dizimadas. A morte, Abis, veio em gotas. Transformaram-se em enchente: o rio de Hades.

Abis: E essas pessoas acreditariam em deuses?

Eu: Não sei. Precisariam se apegar em algo. Mas, na real, fico pensando em nós aqui: longe de qualquer tipo de ajuda concreta, de poder ouví-los, ajudá-los com um leite, um cobertor ou qualquer palavra de conforto.

O choro pueril, a falta de forças do idoso para se proteger, o grito sufocado, o salvamento. Não deito sem fazer uma prece para esse povo. Tantos órfãos jovens e velhos, perdidos entre os escrombos... sem os votos de um 2011 promissor, apenas cheio de valas, lama e morte. Abis, preciso ir. Um abraço.

Abis: Um abrço.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Viva 2011!

Não nego que minhas expectativas são as melhores para 2011! Depois de um 2009 tendendo para o horrível e um 2010 com sensação de que nunca acabaria, 2011 só poderia me fazer acreditar que os seus 365 dias fossem um pouco mais leves e cheios de realizações [pra não perder o jargão de final de ano]. Sou um pouco metódico e, por isso, costumo prometer um milhão de coisas: é claro que não cumpro nem duzentas e cinquenta mil, mas é uma forma de chegar perto, traçar objetivos e correr atrás deles. Fato que todos deveriam fazer: Correr atrás de seus objetivos!!!
Inegavelmente o ser humano se move por sonhos e desejos. Transcrevo para o papel, mas não chego a pregá-lo na parede. Ele fica vagando entre um caderno e outro até ir para o lixo: pode parecer terrível, mas é o que de fato acontece e é por demais significativo. Posso tentar plastificá-lo, deixá-lo virtualmente gravado ou não fazê-lo: fato que já é tarde demais, porque já fiz e refiz listas para 2011! Dormir menos, estudar mais, malhar, disciplina pra estudar, comer e exercitar e sair com os amigos! Um trilhão de coisas que ficam na mente: e que basta um passo pra se começar!
Bom, essa é a primeira postagem! E esse ano, estarei conversando e mantendo um diálogo sem rascunhos e muita elaboração com o meu amigo Abis (de Abismo, mesmo!). A sensação do blog, as vezes sem comentários e visualizações é de falar para o Abis, né amigo? Então, fico até mais a vontade. Os pensamentos vão fluir... as poesias vão pousar por aqui, assim como as outras impressões de filmes, ideias e programas que, por ventura, poderão por aqui passar também!
Abis e Eu desejamos um 2011 cheio de paz: com tranquilidade, harmonia, brisa e sol: e tudo que possa de haver mais sereno e interessante e hippie. Grande Abraço!

sábado, 1 de maio de 2010

Saudadesss

Só ando com um problema, desvendar a saudade.
Essa danada tem tantos nós.

“Era tanta saudade, é pra matar
Eu fiquei até doente
Eu fiquei até doente, menina
Se eu não mato a saudade é, deixa estar
Saudade mata a gente” (Djavan)

“(...) a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais” (Chico Buarque)

“A saudade é uma colcha de retalhos
Que nos cobriu um dia numa noite fria
Nosso amor em brasa” (Zeca Baleiro)

“Sobrou desse nosso desencontro
Um conto de amor
Sem ponto final
Retrato sem corJ
ogado aos meus pés
E saudades fúteisS
audades frágeis
Meros papéis” (Chico Buarque)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Gato Preto


Na toca do gato preto as roupas mofam,
Os morangos vermelhos apodrecem
Feito queijos que se tornam roxos.

O ritmo da pegada contínua e previsível
Revela a armadilha fatal, porque precisa.
E o gato hoje é rato por tão ínfimo
E fraco que se transformou com as chuvas.

A neblina que envolve sua toca,
Torna ainda mais sombria sua vida
Medíocre porque rotineira
Pobre porque sem surpresas.

Não consegue mais pegar ratos,
Lento demais para pássaros
E medroso demais para peixes.
Como se alimenta o velho gato preto
Da toca sombria de porta estreita?

Vive do vento que refresca,
Da eterna esperança da tristeza ir embora.
Vive da esperança de chegar comida,
E de ouvir piar os pássaros na porta
E das unhas surgirem e rápidas pegá-lo.


E o que sonha o gato preto das esperanças?
Sonha com um segundo a mais
De vida, de luz e de um dia sem neblina.
Sonha com a barriga cheia,
De patas pra cima em um dia de sol.
Sonha com o piar dos pássaros,
O peixe pulando no balde
E o rato preso pelo rabo na armadilha.

Quem é o gato? Quem é o rato?
Herói de perna quebrada?
Vilão com sangue de carinho?
Quem tem os dentes afiados,
Mas agora quebrados?
Quem tem as patas ligeiras,
Agora ainda mais faceiras?

12 de Junho


12 de Junho

Hoje é um dia sem seu carinho
E a alma alada canta a melodia do silêncio,
Em monólogo no palco frio de madeira
Escutando ecos do teatro só.

Hoje é um dia sem seu carinho
Agora, sentado na nuvem e com olhar distante,
Invejo os pássaros aos pares a revoarem
Em um céu límpido, cheio de nimbos e cirros.

Hoje é um dia sem seu carinho
E as aves empinam, descem em felicidade.
E se minha força não fosse grande,
Já haveria acostumado comigo.
Mas, tenho medo de me bastar.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Verborragais

Nasce num grito de arte o Verborragias.
Em seu território virtual palavras em sangria,
A expressão de um sentimento
E o teclado em contínuo movimento.

Em cada link a fotografia verbalizada
Com versos cantando amores encantados.
Nos acessos, em megas de potência,
Canções, amores, ódios, mistérios e ausências.

Nasce num grito de arte o Verborragias
Intencionando criar a imagem verbal do sentir.
Do perturbador, da ótica transcedental do poeta.

No desktop o atalho para a arte
Figurada em derramamentos subjetivos
Com misticismos assolando as mentes céticas
Reverberando o poder do acasos.

Em Verborragias lhe dou na boca minha bebida,
Em Verborragias lhe dou na boca minha comida.
A pura e Nua. Crua: Arte Verbal.